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  • Você não é de Direita!

    Você não leu errado no título: você não é de direita. E talvez nem tenha percebido isso ainda.

    Pode parecer ousado afirmar algo assim logo de cara, mas se continuar lendo esse texto até o final, entenderá por que essa afirmação faz todo o sentido. O que está em jogo aqui não é apenas uma escolha política, mas a descoberta de uma identidade moral, cultural e espiritual que está enraizada no povo brasileiro, embora muitas vezes não seja nomeada de forma consciente.

    Uma pesquisa realizada pelo Instituto da Democracia (IDDC – INCT) entre os dias 22 e 29 de agosto de 2013 trouxe dados reveladores: 22% da população brasileira se declara de direita e 11% se diz de esquerda. No entanto, a mesma pesquisa apontou que 80% dos entrevistados são contra o aborto e 70% são contra a legalização das drogas. Esses dados mostram uma contradição aparente entre identidade política e convicções morais.

    Na prática, há muitas pessoas que se consideram de esquerda, mas que são contrárias às principais bandeiras morais defendidas por esse campo ideológico. Isso indica que grande parte da população possui valores conservadores, mesmo sem se reconhecer como tal.

    Hoje é comum ver pessoas se identificando como de direita. Em redes sociais, grupos de WhatsApp e até em rodas de conversa familiares, muitos declaram com orgulho: “Eu sou de direita!” Porém, poucos sabem com clareza o que isso realmente significa. Muitos pensam que ser de direita é apenas se opor à esquerda — o que é uma visão limitada e superficial.

    Certa vez, conversei com um amigo e perguntei diretamente: “Você se considera de direita?”

    Ele respondeu com firmeza: “Sim. Com toda certeza.”

    Insisti: “Mas por quê? O que te faz ser de direita?”

    Ele então respondeu:

    “Porque ser de direita é escolher o lado certo da história. É entender que estamos numa guerra para preservar a nossa cultura, nossos valores e nossa fé. A esquerda quer destruir tudo isso. A direita defende o que é importante: é contra o aborto, contra as drogas, a favor da família, da liberdade religiosa, da fé cristã. Defende a soberania nacional, valoriza as Forças Armadas, respeita a polícia. Apoia o direito à legítima defesa e à posse de armas. Quer uma educação sem doutrinação ideológica, luta pela liberdade de expressão, combate a corrupção e acredita na livre iniciativa.”

    Quando ele terminou, fiquei em silêncio por alguns segundos. Ele achou que eu estava refletindo. Na verdade, eu já sabia exatamente o que dizer.

    Disse com um leve sorriso:

    “Você acabou de descrever, com todas as letras, um conservador.”

    Esse é o ponto central deste texto: muitas pessoas que se dizem de direita, na verdade, vivem e pensam como conservadoras. O que falta não é opinião política — é identidade. Falta reconhecer que os valores que defendem têm um nome, têm história e têm raízes profundas na tradição ocidental cristã: chama-se conservadorismo.

    Ser conservador não é apenas adotar uma posição no espectro político. É um compromisso com valores que atravessaram gerações e que moldaram as bases da civilização ocidental. Trata-se de uma forma de pensar e viver que coloca a fé, a família, a moral e a ordem como fundamentos indispensáveis para uma sociedade justa, livre e estável.

    O conservador não vê a tradição como um obstáculo ao progresso, mas como um alicerce seguro. Ele entende que a história e a experiência acumulada pela humanidade são fontes de sabedoria. A tradição, para ele, é um mapa, não uma prisão.

    Para o conservador, princípios como autoridade paterna, o casamento entre homem e mulher, a liberdade de educar os filhos de acordo com a fé, e a proteção da infância são inegociáveis. Esses valores não estão abertos à modificação por pressões de grupos ideológicos ou modismos culturais. São estruturas fundamentais que mantêm a sociedade coesa.

    Além disso, o conservador entende que o ser humano é imperfeito. Por isso, precisa de limites, de leis e de moral. Acredita que a ordem deve preceder o progresso e que liberdade sem responsabilidade é destruição. Para ele, moralidade não é censura — é estrutura. É a base que sustenta a liberdade com dignidade.

    Ser conservador é defender a vida desde a concepção. É proteger a infância da erotização. É lutar por uma escola que ensine o básico com excelência, e não que funcione como plataforma de doutrinação ideológica.

    É compreender que sem fé, sem moral, sem família, nenhuma nação se sustenta. O conservador entende que há mudanças necessárias, mas sabe que elas devem ocorrer com prudência, respeito à cultura e responsabilidade histórica. Ele não destrói o velho — ele reforma com cuidado, preservando o que é bom, belo e verdadeiro.

    É importante destacar que nem toda direita é conservadora. A direita é um campo amplo, que inclui desde nacionalistas até liberais e libertários. Muitos desses grupos defendem valores contrários ao conservadorismo, especialmente no que diz respeito aos costumes.

    Dentro da direita existem aqueles que defendem o aborto, a legalização das drogas, a ideologia de gênero, e a total liberalização da vida sexual — desde que o Estado não interfira. Para esses, o indivíduo deve ser livre para fazer o que quiser. Mas, para o conservador, a liberdade exige limites morais. A liberdade sem virtude é a ruína da civilização.

    Enquanto o conservador defende a família como sagrada, a direita liberal pode defender qualquer tipo de arranjo familiar. Enquanto o conservador é contra a pornografia e a banalização da sexualidade, setores da direita preferem ignorar esses temas para não parecerem “retrógrados”.

    Por isso é fundamental compreender que ser conservador é muito mais do que ser contra a esquerda. É ter coragem de afirmar que existem verdades objetivas, valores inegociáveis e limites necessários. É defender que nem tudo é permitido, que existe certo e errado, e que a verdade não muda conforme as ideologias passageiras.

    O Brasil não precisa apenas de mais políticos, partidos ou reformas. Precisa de homens e mulheres que tenham clareza sobre quem são. Que tenham coragem de dizer em alto e bom som: “Eu sou conservador.”

    É com essa identidade que se constrói uma nação forte. É com essa coragem que se enfrentam as mentiras do tempo presente. E é com esse compromisso que resgatamos o que há de mais valioso: a dignidade da vida, a honra da família, a força da fé, e a esperança de um futuro enraizado na verdade.

    Se você chegou até aqui e se identificou com tudo o que leu, então seja bem-vindo. Você não é de direita. Você é conservador.

    E isso é motivo de orgulho.

  • Para Além dos Números

    Quantas pessoas haviam na Paulista no domingo?

    Quando passamos a discutir quantas pessoas estavam na Avenida Paulista ou em Copacabana, corremos o risco de cair numa “guerra de narrativas” que não acrescenta muito ao debate. Ficar obcecado por números só interessa a quem busca criar uma falsa impressão de fragilidade do bolsonarismo como movimento. A questão não é “quantos”, mas sim “como” e “por que” tanta gente se mobiliza em defesa dos ideais que Bolsonaro representa.

    A verdade é simples: no cenário político brasileiro, não existe líder com igual capacidade de levar multidões às ruas, de Norte a Sul, para defender uma pauta específica e um conjunto de valores como Jair Bolsonaro. Muitas vezes, vimos milhares — até milhões — de brasileiros lotarem as avenidas, vestidos de verde e amarelo, empunhando a bandeira do Brasil e reafirmando princípios fundamentais: a defesa da liberdade, da família, da pátria e da fé.

    Mais do que isso, o bolsonarismo já ultrapassa a figura individual de Bolsonaro. Quem abraça esse movimento valoriza ideias conservadoras, respeita a família, os princípios cristãos e nutre verdadeiro amor pelo Brasil. Somos parte de uma corrente de pensamento e sentimento que se expressa nas igrejas, nas redes sociais, nos grupos de família e amigos, nos movimentos em prol das liberdades e valores conservadores, e em todos os lugares onde se reafirma que Deus, a pátria e a família são pilares inegociáveis.

    Mesmo depois de um ciclo eleitoral, a chama permanece acesa. Continuamos nos organizando e trocando ideias, sempre comprometidos com uma visão de mundo que preza pela justiça, pelo trabalho honesto e pela soberania do país. É um capital político gigantesco que, apesar de ser ignorado por alguns, se mantém firme e sólido.

    Por isso, ficar só na discussão sobre números é uma armadilha. O que realmente importa é entender a razão de tantos brasileiros se identificarem com o bolsonarismo. A essência desse movimento está em valores que resgatam a moral, defendem a vida, a liberdade religiosa, o empreendedorismo, e reafirmam a família como base sólida da nação.

    Tudo isso faz do bolsonarismo um fenômeno de grande profundidade e abrangência nacional. Ele é alimentado diariamente pela fé cristã, pelo patriotismo e pela busca de um país livre das mazelas da corrupção e das manipulações ideológicas. Nossa tarefa, portanto, não é apenas contar quantos vão às ruas, mas sim compreender o quanto essas convicções estão arraigadas na alma brasileira.

    Em vez de perder tempo com disputas numéricas, precisamos reconhecer o quanto o movimento segue fortalecido. Afinal, o bolsonarismo responde aos anseios de muita gente: a defesa dos valores cristãos, da justiça, da liberdade e o compromisso inegociável com a pátria.

    Independentemente do que aconteça na política, esse sentimento não vai desaparecer de uma hora para outra. Ele foi construído ao longo de anos e encontrou em Jair Bolsonaro o líder capaz de dar voz a quem não se via representado. Não é à toa que, quando chega a hora, milhares de pessoas voltam às ruas, às urnas e às redes sociais para demonstrar seu apoio.

    Enquanto houver brasileiros que se enxergam nesses valores, o bolsonarismo vai continuar vivo, forte e relevante, pois já está enraizado na fé cristã, no amor ao Brasil e na consciência conservadora de milhões de cidadãos. É isso que de fato importa, muito mais do que qualquer tentativa de transformar um debate político numa mera competição de números.